sexta-feira, 5 de junho de 2009

Peço à Deus, embora não tenha uma religião, para que eu irradie cores, boas energias, todos os dias. Se ainda não posso, no auge de meus vinte e muitos anos, realizar o bem, materialmente falando, que seja de uma maneira espiritual. Eu acredito muito, que as pessoas não precisam só de comida para viverem. Elas precisam se sentirem bem para comerem, trabalharem, enriquecerem, ajudarem, procriarem, se relacionarem, estudarem, enfim, o que é material é bom, faz bem, mas o mais importante é o que está a léguas de distância disso. Agora sim, creio ter saído do caminho do livro. Mais uma vez, me perdoem, leitores e validem essas escusas para todo o decorrer dessa prosa. Não as manifestarei mais e, quando arbitrarem apropriadas, utilizem-nas. Preciso dizer, antes de finalizar esse capítulo, algumas coisas ainda. Uma delas é que sou uma menina medrosa. Sempre fui. Recordam daquela infância colorida que vos mencionei há pouco? Pois então, era medrosa a ponto de não subir em galhos, a ponto de evitar cicatrizes, quaisquer que fossem elas, evitar varas de marmelo, fugir das havaianas de meus pais (que confesso, fazia morrendo de rir e provocando beliscões, que me faziam rir ainda mais; esse medo eu não tinha, tampouco motivava com freqüência acontecimentos dessa sorte). É importante ressaltar que eu mudei. Não que tenha perdido todos os medos e me imbuído de uma coragem arrebatadora. Não é verdade. Os medos permanecem, certamente até aumentaram, é difícil avaliar. Mas eu mudei, sim, por que agora gosto de enfrentá-los. É a famosa adrenalina ou, me perdoem a chula expressão, mas é a que melhor se assenta, ao meu ver, adoro (adooooooooro) quando tenho a coragem de “ligar o foda-se”. Isso me dá uma sensação de superação, incrível, indescritível. O medo permanece e eu posso dizer a ele que não me atrapalha. Parece até uma brincadeira de pirraça, deve ser mesmo. Hoje eu não me importo, por isso, com inúmeras coisas, não adoeço com facilidade, não fico criando caraminholas, como o meu pobre irmão faz. Meu irmão. Coitado. Ele é merecedor de um livro inteiro. Deve ser estudado a fundo... Um menino sem defeitos, uma criança destemida, aproveitou genuinamente a infância. Tem estórias milhares a serem contadas. Passagens divertidíssimas que entretêm a qualquer um. Basta, porém, um arranhão, imperceptível a olho nu, em algum objeto seu, para que o mundo desabe. Basta surgir uma gripe no sudeste da Papua Nova Guiné, para que ele passe cinco meses insone, perguntando se alguém concorda que aquela espinha nova em seu rosto vai levá-lo à morte em dois dias.

Primer...

Once upon a time... was a book that becomes a blog!!! Enjoy!!!

Configuro a formatação. A internet me atrapalha e o antivírus não pára de rodar, me atrapalha, me interrompe. Não sei o que vou escrever.
Tomei essa decisão hoje. É abril. Quero mostrar ao Bebeto o que vou fazer, mas como mostrar, se nem ao menos sei ao certo o que vai ser?
Vou falar de mim? Criar uma personagem? Minha mãe diz que, além de ser má, eu interrompo as coisas. Isso é mau, mas não é bem assim, ou melhor, nem sempre foi assim.
Mas se é assim, se eu sou má e interrompo as coisas, não seria melhor criar uma personagem? Me criar, quiçá, na ficção deve ser mais agradável; pelo menos mais agradável a mim.
Me imaginar como eu gostaria de ser é, aliás, ultimamente o que faço de melhor, mas cozinhar e escrever me dão prazer.